Matéria para o Jornal Valor, por Tatiana Pronin, em 5/12/2002.

 Juliu Horvath no Brasil 

Criador do GYROTONIC® EXPANSION SYSTEM, Juliu Horvath está no Brasil para supervisionar novos instrutores.

À primeira vista, parece uma sessão de tortura. Mas o objetivo do GYROTONIC® EXPANSION SYSTEM, criado e patenteado pelo romeno Juliu Horvath é justamente o oposto: aliviar as dores causadas pelo uso excessivo ou incorreto de tendões e músculos. Por desenvolver força e flexibilidade ao mesmo tempo, a técnica, que começa a se espalhar pelo Brasil está entrando para o rol de atividades associada a qualidade de vida e bem-estar, ou “wellness”.

Bailarino yogue, nadador, ginasta e acupunturista, Horvath está no Rio de Janeiro desde o último fim-de-semana avaliando um grupo de futuros instrutores formados pela bailarina Rita Renha, pioneira da modalidade no Brasil.

“Faço questão de participar das certificações pessoalmente. É a única forma de garantir que ninguém irá aprender nada errado”, diz o professor perfeccionista, que hoje vive em Nova York mas passa boa parte do ano viajando.

O aparelho criado por ele é composto de cordas, polias e pesos, todos ligados a uma estrutura de madeira que permite a execução de qualquer tipo de movimento, das braçadas da natação a uma tacada de golfe. Segundo Horvath, há mais de 300 possibilidades de exercícios que trabalham ao mesmo tempo músculos, articulações, alongamento e respiração. Tudo isto tem feito da técnica um chamariz para atletas e bailarinos, especialmente aqueles que estão em reabilitação.

“Idealizei o sistema com o intuito de tratar minhas próprias limitações e problemas corporais decorrentes da dança” conta Horvath, lembrando da época em que era “uma dor ambulante”.

Tudo começou com uma espécie de yoga para bailarinos, que ele registrou como GYROKINESIS®. Depois, foi preciso projetar um equipamento especial, que desse amplitude aos movimentos.

A brasileira Rita Renha, fundadora do GYROTONIC® INSTITUTO BRASIL, em uma performance radical no aparelho: possibilidade de mais de 300 movimentos.

Para ele, a preparação física difundida hoje em dia ainda está na Idade da Pedra, o que tem colaborado para o surgimento de lesões em atletas – e não apenas os profissionais. “Nossa meta é promover o equilíbrio do corpo”, enfatiza. A brasileira Rita Renha, que já participou de vários musicais e fundou o GYROTONIC® INSTITUTO BRASIL, explica porque o método ajuda na reabilitação:

“É possível simular qualquer atividade, só que controlando o peso e a velocidade, o que é muito útil para os fisioterapeutas”, afirma. Em Nova York, onde morou por mais de uma década, Rita chegou a ter como alunos as atrizes Uma Thurman e Bernadette Peters, além do atleta Randy Johnson.

Apesar da origem ligada a profissionais do corpo, o GYROTONIC® também é uma boa escolha para quem está cansado ou mesmo tem pavor da malhação convencional. “a vantagem é que a atividade reúne todas as outras que eu não consigo fazer por falta de tempo”, opina a gerente de comunicação da IBM Vera Dias, aluna de Rita há um ano.

Ela conta que passou muito tempo fazendo ginástica localizada, mas sentia que o único momento prazeroso das aulas era o final. Agora, não sente a hora passar. “Sem contar que estou mais relaxada, a coluna incomoda menos e os músculos estão tonificados, o que é um desafio quando se está na faixa dos 40”, acrescenta.

De acordo com Ana Beatriz Rossi, do Centro de Ginástica Postural Angélica, em São Paulo; os benefícios estéticos são mesmo fáceis de notar: “O peito fica mais aberto e a cintura afina por causa dos movimentos de rotação”. Ela ressalta que as aulas são individuais e o repertório evolui de acordo com os limites de cada um, por isso a técnica pode ser adaptada a qualquer idade ou condição física.

Link: http://gyrotonicbrasilblog.com/reportagens/Jornal-Valor-Rita-Renha-Juliu-Horvath.pdf